29 abril 2011

Voltei (mas não queria, confesso.)


Para quem achava "olha aquela acabou com o blog!", desenganem-se, voltei. A pausa foi devida a umas curtas férias, muito, muito merecidas.

Londres foi absolutamente espectacular, fui feliz como já não era há muito tempo. Fui relaxada, andei sem relógio, apesar de ver o big ben com frequência. Comi quando tinha fome, dormi quando tinha sono. Sem horários e sem preocupações. Soube-me pela vida.

Saí com a promessa de voltar, de tornar a ser feliz por aquelas terras. Custou-me voltar, voltar à rotina, voltar aos problemas de sempre, ao trabalho, as ceninhas que me irritam, voltar ao costume. Espantou-me não estar a morrer de saudades de ninguém, nem dos meus meninos, os meus gatos mais que tudo. Só quando vi a carinha deles é que dei conta das saudades que tinha. Mas lá não deu para sentir saudades de ninguém, o tempo passou a correr.

Foi tudo mesmo muito fantástico, começando pela casa que era um sonho, eu vivia ali sem qualquer problema, esquecendo o facto que a renda deve rondar as 3000 mil libras, isto eu a ser muito muito simpática a mandar valores para baixo. Num bairro lindo, e típico, com ruas magnificas e sem um único papel no chão, e sem caixotes, tinha que meter o lixo na mala, e esperar até ver um café ou afim que desse para meter o lixo à socapa.

Só chuviscou uma única vez, quando, quando, perguntam vocês, e eu digo, precisamente quando andava eu pelo london eye, ou seja as minhas fotos daquele magnífico momento estão a atirar para o ranhosas, isto porque a água escorria pelos vidros, ou acrílicos, ou whatever e pronto. Mas deixa, ficou na minha memória de maneira magnífica.

Fui tão feliz, já disse? Não? Pois mas fui. E ficava lá muito mais tempo. Fui feliz mesmo inchada com dores de não conseguir pensar de tanto que palmilhei. Fui feliz quando não aguentei mais estar de pé depois horas no museu de história natural e fui até à relva e pimpas, saquei do calçado e dormir ali ainda uns bons 40 minutos, pezinhos ao leu, óculos de sol na cara, como uma qualquer londrina. Que dizem que amigo não empata amigo, mas empata, e eu já não aguentava mais plantas e asas de passarinhos e cenas, eu queria ver mas já não conseguia estar de pé.

Em Londres a malta não pode ver/sentir sol. É vê-los (e vê-las) despidas porque andam raios de sol a despontar. Tudo bem andei de t-shirt quase todos os dias, mas nunca vi tanta perna (gira!) de fora, tipo concentração de gajas com calor no Algarve mas numa cidade que se estiveres à sombra até é muito frescote, talvez para mim, que sou de longe, super fraquinha e tenho sempre frio. Qualquer pedaço de relva serve para passar um dia com sol, a beber, comer, conversar, ou em pic-nic de família como se viam nos parques maiores, tipo hyde park, os londrinos, ou os que tinham cara disso, optavam por ir para a relva dos museus, como o tate e tinha talvez tanta gente no interior como fora dele, na relva, alguns até de biquíni.

Nunca vi uma mistura de cheiros, cores e gente tão grande. Havia muito turista na cidade, é certo, mas é uma cidade mesmo assim, muito ecléctica.

Aquilo do casório já metia nojo, para todo o lado era malta a falar daquilo, até a bela da Time Out Londres era sobre eles. Ouçam, já não havia pachorra. Os pub's e as tascas mais gordurentas com decoração como se estivesse a acontecer algo como o Euro 2004, lembram-se nao?

Ainda houve tempo para rever uma amiga que foi feita maluca para lá! E largou tudo por por amor, trabalho, casa (linda, linda, própria num dos bairros mais lindos de lisboa), familia, amigos. E lá foi ela atrás do seu inglês. Para ti que lês o meu blog,  muita sorte, em tudo, apesar de eu achar tudo meio (vá, totalmente) doido, sê muito feliz!

Queixa: aquela gente janta com as galinhas! Deve ser para terem mais tempo para se enfrascarem em pints nos pub's. Agora que penso, acho que é por isso. Curioso.

Há muita história para contar. Muita muita. Desde as histórias do português/inglês misturado, e são engraçadas, garanto. Muita coisa que aconteceu. E vou contando, claro. As fotos virão a seu tempo. Mas o mais importante disto tudo é que fui muito muito feliz. Já entenderam isso, não?

A bela da foto foi tirada pela minha companheira, que muito aguentou por causa dos meus pés de princesa, na volta, de Londres para Lisboa, linda não?

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