11 abril 2011

amigo para sempre

Em tempos era das primeiras a saber de tudo, a que recebia chamadas a toda a hora, a que recebia SMS a todo o instante com as coisas mais disparatadas possíveis Eu gostava, sentia-me especial. Recebia chamadas para o entreter no comboio, para se sentir menos sozinho no meio do mar de gente que faz a linha de Sintra. Acompanhava-o para todo o lado, mesmo não indo. Era cafés, restaurantes e praias. Sentia-me integrada, mesmo não estando presente.

As coisas mudaram, deixei de receber no chat aquela frase habitual até então, "vou sair, mas falamos por mensagem.". Com o tempo senti que fazia parte da vida dele cada vez menos... E que, por estranho que parecesse, ele fazia cada vez mais parte da minha. A balança desequilibrou-se. Acontece. Não o julgo, foi comigo, foi com ele, foi connosco.

Não deixa de ser triste saber que essa pessoa que em tempos dizia o que comia numa marisqueira, que estava no café, que ia na ponte a caminho da praia, ou ainda que acabava de saber que um amigo ia ser pai, nos deixa de contar coisas importantes no spot. Problemas. É triste saber que já não contamos como antes. É difícil ver que já não estamos das primeiras pessoas, daquelas com quem queremos falar quando precisamos de desabafar ou ouvir conselhos.

Aquilo que sinto não é egoísta, é saber que me afastei de uma pessoa, que nos afastamos, e saber que podia ser um ombro amigo, podia ser confidente e conselheira. Saber que podia ver em mim alguém para encostar a cabeça, como ele já foi. E que agora, simplesmente, deixei de contar.

Isto é o presente. O que o futuro nos trará eu não sei, mas sei que existe carinho suficiente para se reestabelecer uma bela amizade.

(espero que tudo se resolva pelo melhor, xoxoxo)

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