28 março 2011
A salta-pocinhas
Tenho um sentido de oportunidade do cara... Tantos dias para ir de transportes públicos e resolvi logo ir hoje, num dia destes, em que chove só para me irritar. Há que acrescentar que ainda fui de sapatinhos (lindos, lindos!), com a correspondente mini-meia, porque ia de calças, tinha uma reunião importantíssima logo pela manhã com o poderoso chefão, a.k.a. o presidente da empresa onde trabalho. Logo pela manhã suportou-se, fora não poder correr para apanhar o metro, não fosse escorregar nos sapatinhos e dar um malho, fui nas calmas, ainda tinha tempo. Mas foi no regresso que me arrependi. Chovia, chovia muito, eu parecia que estava outra vez no 2+3 (as somas estão na moda, não? hum?), lá ia eu linda de sapatinhos a gerir toda a logística de um guarda-chuva e de ver onde punha os pés, ao género salta-pocinhas. Tão linda, só visto. Linda, mas não correu bem, quando cheguei ao Metro já tinha os pés ensopados, acrescento a isso o incomodo que foi fazer uma viagem em pé com uma mini-meia, a do lado esquerdo, sempre a descair (irritantezinha), não falando ainda do roça-roça que dei "de grátis" e que recebi de volta pelas outras sete pessoas que partilhavam o mesmo metro quadrado que eu. Chegada ao destino, os sapatos molhados escorregavam no átrio da estação, que tinha um chão em pedra... Enfim, o carro tinha ficado numa zona de terras, era onde havia à hora que fui. Lama, lama e mais lama. Diga-se que não foi um dia bom para voltar a andar de transportes públicos. Não foi. Mas foi uma viagem de 45 minutos, isto contando com o carro da estação até casa. Não foi mau de todo, o que leva a crer que quando voltar a ficar sol hei-de fazer muitas viagens, sempre posso ir a dormitar, a ler um livro, e relaxada, sem estar no pára arranca, mas o melhor mesmo é poupar na gasolina, que está cara como tudo.
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