13 março 2011

02h31

Porque as coisas são mesmo assim. Porque às vezes quem procura acha. Sei que faz pouco sentido o que digo mas estou de rastos. É irritante cair em si e ver a nossa falta de importância, custa muito quando gostamos dessa pessoa. Custa muito. Dói demasiado.


Tudo isto porque li coisas com um ano num blog que não me pertence, li porque é público. Resumindo, a pessoa porque quem sou louca têm um passado. Ya, grande feito, eu também tenho, mas depois de 9 meses juntos, e digam o que disserem temos estados juntos nunca vou ser para ele nem metade, nem 1/3 do que foi o “passado”.


Depois da minha decisão de nos afastarmos, e de eu o ter conseguido fazer por mais de 1 mês, ler isto faz-me ter mais certezas. Sei que é estúpido e irracional, são poucas palavras, aliás é uma única frase, frase essa que eu nunca irei ouvir. Nunca nunca (vinda dele pelo menos).


Já lhe dei muito tempo, achei que o início era o início, depois achei que ele precisava de tempo, e depois começaram a vir as desculpas e o gato das botas com aquele olhar, e eu, bambi, voltava sempre para ele, os braços sempre abertos para ele...


Custa muito, demasiado, saber que sou esporádica, não há tempo que lhe possa dar, se tivesse de ter funcionado já teria acontecido. Mas não. Não aconteceu e eu tenho que entender que não vou a lado algum com isto que sinto. Mais vale cortar o mal pela raiz e acabar com isto de uma vez.


Peço tão pouco, é incrível como sou (por ele) apelidada de complicada quando no fundo sou tão simples. É que sou mesmo, eu só quero saber que importo, sentir que tenho significado, sentir que somos um nós e não um eu e tu, um eu e ele. Não quero marcar um dia para o ver daqui a uma ou duas semanas, não quero sentir que estou a marcar na agenda dia para estar com ele. Não quero. Quero alguém para me enroscar no sofá, alguém para dizer coisas parvas, não quero andar sempre arranjadinha, quero andar de pijama, quero ver filmes desinteressantes e trocar beijos longos e saber que quando o beijo acabar que não perdi nada do filme. Quero trocas de olhares. Quero férias juntos, quero sol e quero chuva. Quero que pense que sou tão bonita mesmo com ramelas. Quero andar descabelada, despenteada. Quero jantares fancy's e quero comida no colo. Quero gosto de ti frequente. Quero andar de mão dada. Quero sentir a mão dele à volta da minha cintura. Quero que me cheire o cabelo. Posso também querer uma briga ou outra (coisa pouca, por favor) mas que faça a relação pulsar e que traga um belo de um make up sex.


Não vale a pena mentir, desculpa-lo a ele pela falta de sentimentos, arranjar desculpas pelas atitudes dele e enganar-me a mim própria. Nunca (ele diz que eu gosto de nuncas e de sempres), nunca teremos nada, porque não se pede amor. Não se pede. Ele não pediu o meu. Ele não pediu e eu dei. Tive azar, tive muito azar. Podíamos ter tido uma história bonita. Podíamos mas não tivemos, e não vamos ter. Ele não me enganou, em última análise, eu é que me enganei a mim própria.

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