20 maio 2011

Uma coisa leva à outra

As conversas de veterinário hoje lembram-me os meus tempos como assistente dentária. Quando me perguntavam, com frequência meus amigos, "posso bocejar?", queria sempre dizer, "boceje para aí à vontade, não se contenha!", mas esboçava sempre um sorriso por trás da mascara e dizia que sim com a cabeça. Às páginas tantas deixou de ter graça, é verdade.

Houve também quem me cuspisse em cima, eu disse, "Já pode cuspir.", ora o homem não vai de modas e cospe-me. Pronto, foi obediente.

Daí em mim o hábito criado de apontar para tudo, "Já pode cuspir para AQUI.", apontando de forma energética, não fosse outro qualquer engraçadinho repetir a piada.

Houve uma que me apareceu com um dente, inteiro, com raiz, sem uma única carie, nada. "Estava em casa a ver televisão (talvez o Goucha, suponho, não sei...) quando espirrei o dente. Queria que me colassem o dente." Ora pois tá claro. É já a seguir minha senhora.

Os porcos, aqueles que ao jeito do antigamente, época medieval, só para vos situar, achavam que lavar os dentes era mau. Que estragava o esmalte. Que era corrosivo, então vai de ir com a comida de anos na boca. Obrigado a vocês pelos momentos.

Tive ainda uma colega, era brasileira, não entendia porque raio toda a gente queria desmarcar na altura do Verão, pessoas que se justificavam com "Não posso ir dia tal, vou para a terra.". Um dia ela lá disse o que costumava pensar sempre, "Raquéu, esse lugar deví di ser mesmo lindo! Tudo o mundo quer ir para a Terra!". Pois.

Tive outra que veio da santa terrinha ser explorada por uma clínica que pagava mal e porcamente, onde ganhavas 450 euros a recibos verdes das 13h as 22h de 2f a sáb., fantástico não? Ela era uma anhada, credo, cada vez que penso. A rapariga, ao fim de sei lá 15 dias, resolve fechar a gaveta com o maçarico ligado. Não preciso de dizer o que aconteceu pois não? (Há fotos, eu registei, hei-de ir aos meus tesourinhos postar o estado da gaveta...)

Havia as histéricas, ui, essas eram complicadas. Umas que guinchavam só de saber que lhes ia entrar alguma coisa para a boca. E mais não digo que a minha mente é porca e já estava a divagar para campos que nada têm a ver. Deve ser da hora. Ou se calhar não, é simplesmente da mente. Olha, não sei.

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