15 fevereiro 2011

alugar ou comprar?

Pois é, a velha questão, cada vez que digo que quero comprar dizem sempre, "não seria melhor alugar?", respondo sempre da mesma maneira. Sim seria, mas (o belo do MAS) sozinha é incomportável Digam-me onde arranjo alugueres a 300 e pouco mês? Coisa decente que não quero ir morar para um bunker atrás do sol posto, alugado por alguma família manhosa. Digam-me onde é que existem alugueres de casas decentes em Lisboa ou arredores. Pronto, vamos elevar a fasquia. 400 Euros? Não? Pois, quem souber, agarre, agarre bem mesmo que não precise, porque é um achado. E comprar uma casa até 100 mil dá valores de 300 euros por mês, se falarmos em 35/40 anos de empréstimo A conversa continua "...pois, sozinha é difícil sim, então e dividires com uma amiga?", sorrio, sorrio sempre, penso nas minhas amigas e penso sempre com qual delas quero deixar de falar. Sim, era por certo isso que ia acontecer. Se já é tão difícil morar com quem se ama, com quem se gosta, vá sejamos sinceros com quem se faz sexo, então imaginem com quem não temos sexo (não tenham ideias, essas cenas de amigas que moram juntas e se enrolam só nos filmes americanos, amigas como as que eu tenho cafuné, beijinho carinhoso e está bom). Penso sempre, se já discutimos com quem temos sexo imaginem com quem não temos. Imagino situações ela pensa, "este sacana não levou o lixo (outra vez!), aiiiii mas ontem deu-me uma grande noite..." ou pensa "este gajo não faz nada, está sempre alapado no sofá, tudo eu, tudo eu... bem... Mas dá-me orgasmos, daqueles como devem de ser..." e outros dentro do género.
Para mim viver com amigas não dava, pardon, mas não. Até tenho uma amiga com quem podia dividir uma bela casita em Lisboa, mas ela não mexe uma palha, é tão fofinha quietinha, adoro-a realmente, mas ia andar sempre em alto stress com ela. Ela é daquelas fofinhas fofinhas que a mãe faz tudo, e quero dizer tudinho, acho que ela nem chega a ter sede. Não. A mãe sente e prevê que ela vai ter sede e traz-lhe aguinha É fofinho, é? Mas é ela lá na casa dela e eu na minha. Estou desconfiada que havia massacre ao primeiro pelo púbico deixado na banheira ou à primeira cuspidela de pasta de dentes no lavatório. Por isso digo sempre, quero comprar, quero comprar a minha casa, não tem de ser a casa da minha vida, não será, será a primeira casa. E no dia que eu estiver à rasca (se alguma vez acontecer) volto para a casa da minha madre, se não tiver mesmo (m e s m o) outra opção e alugo. Ainda lucro.

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